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domingo, 28 de março de 2010

Estou empilhando tudo , ao meu lado está amontoado coisas inúteis que a pouco tempo eram um alicerce. Estou sentada ao lado dessa pilha grotesca, e não consigo mais , não aguento mais amontoar, meus braços doem.
Estou dando um GRITO estrondoso, dentro de mim, em silêncio. Estou enxugando as lágrimas que intercalam-se com sorrisos irônicos. Estou relativamente feliz.
Amontoei os rancores, amontoei as desavenças , amontoei as mágoas, amontoei você.
Amontoei à futilidade, amontoei à imaturidade, amontoei à decepção , amontoei à hipocrisia.
Amontoei a falsidade , amontoei a falta de senso crítico, amontoei alguns valores.
Estou tentando levantar, minhas pernas doem. Preciso dar um fim a pilha , queima-lá talvez. Resolvi amontoa-lás dentro do guarda roupa. Simples e prático.
Mas olhei você escondido dentre tantas coisas, lembrei do seu toque, do seu beijo com gosto de mel. Retirei-o dali.
Me fiz um papel em branco, e deixei você me fazer de rascunho, lhe dei a chave do guarda roupa aonde está à inútil pilha , e lhe dei o aval de acrescentar e retirar.
CONTRUA-ME , RENOVA-ME, SOU SUA .

Um comentário:

  1. "Me fiz um papel em branco, e deixei você me fazer de rascunho, lhe dei a chave do guarda roupa aonde está à inútil pilha , e lhe dei o aval de acrescentar e retirar.
    CONTRUA-ME , RENOVA-ME, SOU SUA ."

    escrito brilhantimente bem! *---* Quero mais

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