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quarta-feira, 28 de abril de 2010

Confissões.


Primavera, Verão, Outono, Inverno. Durante todo o tempo, revivemos nosso passado. Talvez para que nunca apaguemos parte de nossa vida, ou até para provocar-nos a sensação de “não fiz o que deveria.” Em mim elas são bem-vindas, porém, pretendo apagá-las um dia, me atormenta pensar que fiz coisas que hoje são inúteis a mim e que, antigamente eram aventuras que eu deveria viver, para um dia me orgulhar, e outras que recusei, com medo, medo de errar, medo de tentar. Não me arrependo de nada, si é o que parece, mas se pudesse fazer tudo o que gostaria e que por opção não fiz, talvez essas lembranças viessem menos amargas e se isso me acontecesse, não pretenderia apagá-las um dia. Se tudo o que sou fosse escrito em um livro, teria uma sinopse previsível:

‘Nasceu em 1982, causou alegria a todos os seus familiares. Quando pequena estudou em uma escola de bairro, seu mundo era a vilinha onde vive, teve quatro melhores amigas até a sua adolescência, uma delas permaneceu, conquistou a amizade de outra, e com elas teve os melhores passeios sempre regados a risos. Ao entrar no colegial foi para uma escola conceituada, lá reencontrou uma de suas amigas do primário, lembranças vieram, e uma nova velha amiga entrou em sua vida. Fez coisas loucas, se apaixonou varias vezes, e quando achou que encontrara o amor de sua vida, machucou-se, o que deveria ser eterno acabou em questão de meses. Agora ela si vê triste como se a bombardeassem aos poucos, seus sentimentos ainda estão vivos e com eles mil e uma lembranças no coração, porém, o receio de apagá-las é corriqueiro. O que fazer? Será que ela apagará tudo? Ou se policiará quando as lembranças ressurgirem?’

Isso não é nada animador, nem tão pouco previsível. Mas O bom da vida é viver cada dia como se fosse o ultimo, - essa frase não é necessariamente minha, mas é a mais apropriada – na verdade é o que eu tento fazer, mas às vezes isso foge do meu controle. Admito, nem sempre vivo como se fosse o ultimo dia, quando sou o alvo do ‘bichinho da tristeza aguda’ , si é que ele existe, o que faço é dormir e chorar o dia todo, ai vem uma questão: Como posso exigir de mim mesma esquecer lembranças felizes da qual nunca quis esquecer?

‘A garota aqui se apaixonou pela milésima décima vez, só que nesta era diferente, acreditei ter encontrado o amor da minha vida, o OFICIAL AMOR DA MINHA VIDA, no começo tudo foram flores, alegrias, quando o encontrava a sensação que eu tinha era a mesma de quando se tem um caminhão carregado de chocolates todo seu na porta da sua casa, os momentos eram magias a parte, eu ficava meio retardada quando o via olhando pra mim. Mas um dia fui vê lo, e o meu caminhão carregado de chocolates tinha partido, por que a sensação já não era a mesma, isso aconteceu pouco depois de me contarem que ele estava pensando em desistir de “nós”. Há eu aceitaria isso, seria difícil, mas conseguiria superar, mas soube que o motivo pela suposta desistência seria outra garota. ’

Eu só quero gritar. Dessa vez perdi o OFICIAL amor da minha vida de vez, você vai fazer muita falta, ti amo tanto que até hoje você foi o único desgraçado que me fez chorar de amor. Ainda te amo seu idiota.

Cheguei à conclusão de que preciso achar o VICE/ OFICIAL AMOR DA MINHA VIDA, um que não me faça chorar feito uma tola. Mesmo amando você, o idiota que me faz chorar todos os dias. E que previsivelmente será o OFICIAL durante meses.

P.S -- Sinto sua falta.

Ass: Holly

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