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domingo, 25 de abril de 2010

Eu quero tudo de você, pra sempre, você e eu, todo dia!

Lembra-se quando nós éramos jovens?

Dois jovens insanos, corajosos, com uma coleção de sonhos para realizar em nossas mentes. Fumávamos aqueles cigarrinhos de menta no centro da cidade pra parecer descolados, fazíamos corrida no super mercado, sem medo algum, tentando viver, viver e viver.
No banco do carro, namorávamos loucamente, ouvíamos legião urbana como loucos, fazíamos piadas das pessoas lá fora, tentando rir, rir e rir. Quando você sentia medo, corria para os meus braços e ali ficávamos horas. Nosso amor era puro.

Lembro-me muito bem do brilho dos seus olhos quando corríamos pelo viaduto do chá a noite, simplesmente pra sentir o vento bater nos nossos cabelos, dois loucos, ou quando dividíamos o sorvete duplo naquela sorveteria com decoração do Elvis que você tanto amava. Ontem mesmo eu fui lá, mas isso não importa agora. Dois jovens, e um único amor. Na sua formatura brigamos, acho que o motivo era ciúmes, mas então a banda tocou a nossa música e, tudo estava perdoado, dançamos tão próximos um do outro, tão devagar e, com tanta intensidade que naquele momento mágico juramos amor eterno. Conseguimos cumprir, eu sei.

Lembra quando compramos nossa casinha, tivemos nosso primeiro cachorro e você perdeu nossa única chave? Eu ainda era magro e forte, e aquela foi a primeira vez em que usamos a janela como porta. Crescemos rápido, vivemos uma, duas, três décadas juntos, somente eu e você, era tudo o que precisávamos. Tivemos momentos difíceis, eu sei, mas acho que é um preço que pagamos por amarmos tanto.
E agora eu não estou pronto para continuar sem você, por que eu sei que nada consigo sem você do meu lado, eu suportaria, mas enquanto nossa música tocar vamos ficar juntos, não importam as circunstancias. ‘’Eu te amo’’.

São palavras de um velho suicida, que jurou amor eterno.

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