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segunda-feira, 5 de abril de 2010

Não demore

Peguei meu chocolate quente, e sentei-me no canto da janela. Observei as gotas d'água que caiam lá fora, pareciam cair em câmera lenta. O céu estava encoberto pela neblina. Por instante gostaria de ser ela. Intocável, porém alcançava os picos das montanhas como estivesse acariciando-as.
Estava frio; Puxei a manga do suéter de lã, improvisando uma luva. Encostei minha cabeça no vidro da janela, e brinquei de fazer formas , desenhando com os dedos corações naquela água evaporada que ficava na janela.
Nosso passatempo preferido. - pensei comigo mesmo .
Lembrei-me das palavras insanas que te disse. Abri uma frexa de janela, e aquele vento gelado veio de encontro com minha face, sussurrei a ele em presses que fizesse o mesmo com aquelas palavras, as levasse bem longe daqui.
O medo vai me corroendo. Não sai da minha cabeça seu olhar frio de encontro ao meu, seu abraço froxo, e seu beijo sem vontade. O medo me destrói.
Malditas palavras .
Dou um gole no chocolate que agora já é morno . Por mim fico aqui por horas.
Meu coração está aos berros pedindo um colo macio e aconchegante, ele quer o seu.
Decido ir dormir. Nos meus sonhos você está sorrindo comigo.
Antes sussuro ao vento que ajude-me a trazer você ... Depressa, antes que eu enlouqueça

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